Desde a Idade Média o lucro carrega um estigma negativo.
A usura geradora de lucro era criticada e combatida pela igreja como uma forma maléfica de se obter renda. Somente os indivíduos considerados "ímpios" podiam emprestar dinheiro.
Reis e nobres recorriam aos banqueiros não cristãos para financiar suas guerras, aventuras náuticas e assim por diante. Até hoje a palavra lucro é empregada em muitas oportunidades em tom negativo para que seja criado ambiente propício a posicionamentos políticos e ideológicos, contrários a determinados fatos.
O lucro é mencionado, boa parte das vezes, através de valores nominais que precisariam ser analisados em relação ao percentual do faturamento. desta empresa deveria ser reduzido para favorecer o consumidor final, esquecendo que boa parte do preço do combustível pago pelo consumidor vem carregado de impostos.
O lucro é mencionado, boa parte das vezes, através de valores nominais que precisariam ser analisados em relação ao percentual do faturamento.
Para a maioria dos leigos em teoria da administração de empresas, ou para aqueles que não querem aceitá-la, a geração de lucros é algo negativo a ser colocado sob suspeita. Imaginam que o dono do capital, enfia todo o dinheiro no próprio bolso, o que não faz o menor sentido.
O lucro é a fonte de recursos para novos investimentos, pagamento de empréstimos, a expansão dos negócios, atualização tecnológica, programas de sustentabilidade e melhoria do ambiente laboral. Se de um lado a sociedade exige investimentos nas mais diversas áreas de uma empresa de outro, a geração do lucro excessivo é altamente criticada. Infelizmente os críticos não sabem ou não querem olhar para que o dinheiro está sendo usado. Tenho tido contato com muitos empresários dos mais diversos setores de atividade econômica. Muitos deles, apesar do excelente desempenho alcançado por suas empresas, se abstém de distribuir dividendos. Todo o lucro obtido é reinvestido na empresa. Somente assim, ela consegue se manter competitiva e crescer.
Temos que ter cuidado de não confundir distribuição de lucros e bônus de bom desempenho dado aos gestores das empresas, inclusive aos sócios que trabalham em suas próprias empresas.
O lucro pode gerar conflito de outra natureza nas empresas, sobretudo nas empresas de controle familiar. Muitos familiares sem o devido conhecimento e vivência empresarial lutam por uma maior distribuição de bonus para os sócios em detrimento dos investimentos. Neste cenário, o papel do Conselho pode ser relevante como moderador no conflito da distribuição dos excedentes gerados.
Obviamente quando estamos nos referindo aos lucros neste texto, estamos falando daqueles obtidos licita e eticamente.
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