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A passagem de bastão não é tão simples. Ao contrário.

  • Thomas Lanz
  • 24 de abr.
  • 3 min de leitura



Muitas famílias que ainda tem seus pequenos e médios negócios no formato tradicional  visam a continuidade de suas empresas nas mãos da família. 

Embora pareça simples, esta missão é um desafio e tanto Estudos especializadas, que tratam do assunto da sucessão, apontam que boa parte do desaparecimento das empresas familiares se deve a processos de sucessão mal preparados ou conduzidos. Muitas vezes, as famílias escolhem um sucessor que  precisa assumir a direção do negócio devido ao falecimento do fundador,  sem estar preparado para o desafio.  

Outros, acreditam que o período de aprendizado e os anos de trabalho na empresa do sucessor, são  suficientes para dar prosseguimento ao trabalho do fundador da empresa.  

Ao contrário.Na indicação do sucessor definimos quem será o herdeiro com o melhor perfil para conduzir o negócio no futuro. Mas até lá, um cuidadoso plano de transição precisa ser elaborado. Este plano não é de meses ou semanas e, sim, de anos. Antes de mais nada quem está no comando da empresa deverá se conscientizar que qualquer sucessor vai dirigir onegócio à sua maneira e estilo. Filhos nunca serão iguais aos pais. Ao contrário. É mais comum os filhos, ao assumirem a responsabilidade da empresa, promovem uma dança de cadeiras colocando pessoas de sua escolha para chefiar determinadas áreas da empresa. 

Neste ponto, começam a surgir conflitos com os pais, pois, a título de exemplo, aquele antigo contador que foi o braço direito do pai durante muitos anos ou desde a fundação do negócio, terá que deixar a empresa.  Em outros casos,  consultores trabalhando há tempos para o negócio serão trocados. Assim seria muito oportuno que pai e filhos discutissem de forma transparente qual será o destino das pessoas que colaboram com a empresa. Outro aspecto fundamental é a estrutura organizacional da empresa. 

Há casos em que o pai, fundador ou, há décadas na condução dos negócios, é extremamente centralizador.   Por causa de seu estilo o  crescimento da empresa começa a gerar problemas  em razão desse estilo de  supervisão.  Herdeiros ativos na gestão dos negócios e nas responsabilidades provavelmente terão outra forma de gerenciar e se isso não for bem desenhado e conversado entre pais e filhos,  poderão surgir sérios conflitos na nova sociedade de irmãos, no que tange à luta de poder entre os sucessores. Outro fator a ser muito bem estudado é o fato de saber e constatar se o herdeiro tem o perfil e as competências necessárias para dirigir o negócio no futuro. Contratar uma assessoria para realizar um "assessment",  tanto dos familiares que continuarão na gestão, quanto dos profissionais não familiares que trabalham na empresa, pode ser de muita valia e dar tranquilidade ao fundador.

Os exemplos aqui apresentados mostram o quanto precisa ser pensado e repensado no processo de transição da gestão. Igualmente  a nível de governança corporativa uma serie de aspectos terão que ser estudados e discutidos. 

Será imprescindível analisar a atual estrutura acionária. Ela sofrerá alterações no decorrer da passagem de bastão?. O Conselho da empresa funciona a contento?. Existem conselheiros externos participando do Conselho?. Os herdeiros têm empatia com os externos?. Os próprios herdeiros já participavam do Conselho ou é algo novo para eles? Todos estes temas precisam ser tratados dentro de um processo que não pode ser feito em  curto prazo ou em uma ou duas reuniões. 

O ideal é pensar em  um horizonte de dois / três  anos para o encaminhamento de todo processo de transição. Somente após este tempo é que podemos passar o bastão com bastante tranquilidade para a nova geração.


 
 
 

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