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Passar o bastão ainda é necessário?


As estatísticas nos mostram que a idade média da população mundial vem aumentando de década em década. Me lembro, ao ser entrevistado por uma empresa multinacional há muitos anos atrás, que o entrevistador dizia orgulhosamente que a política da empresa exigia a aposentadoria compulsória de qualquer funcionário, inclusive a do presidente da empresa, aos 55 anos de idade. Na década de 1970 - 1980 uma pessoa com esta idade já era considerada velha. Graças aos avanços da medicina e hábitos mais saudáveis, o ser humano está aumentando sua capacidade de viver mais e melhor. Falar hoje em dia numa aposentadoria de 55 anos é algo utópico. Os governos vêm constantemente discutindo a questão da aposentadoria e os legisladores aprovaram as idades mínimas de aposentadoria de 62 e 65 anos para mulheres e homens respectivamente. A tendência é de que cada vez a idade de aposentadoria aumente.

A longevidade tem tido sua influência na economia. As empresas têm desenvolvido linhas de produtos para as pessoas acima dos 55 anos. O marketing tem se voltado para este público cada vez mais numeroso e grande consumidor em potencial. A universidade vem lançando cursos para os assim chamados idosos que são hoje em dia pessoas ativas e empreendedoras.

E o que acontece no âmbito de uma típica empresa familiar? Temos a figura do pai empreendedor que iniciou o negócio. Um de seus sonhos é que seus filhos assumam no futuro a gestão dos negócios. É a famosa passagem do bastão, onde a responsabilidade pela condução dos negócios da família empresária é transmitida aos filhos. Até alguns anos atrás esta transmissão de mando acontecia ao redor dos 65 anos de idade. Hoje pais nessa idade ainda se vêem por muitos anos à frente de seus negócios e em geral não percebem que seus filhos se impacientam, cada dia mais ávidos por assumirem a direção da empresa. Se o devido cuidado não for tomado, poderão surgir conflitos entre pais e filhos ou estes irão buscar oportunidades de trabalho ou atividades empreendedoras por conta própria e fora da empresa familiar. . Para mitigar a tendência de conflitos ou desmotivação dos jovens em relação à sua carreira na empresa da família, os pais precisam planejar o seu futuro e a de seus filhos em âmbito dos negócios. A primeira ideia é a do compartilhamento de responsabilidades. Isto deveria ser bem planejado num horizonte de tempo pré determinado. Estamos falando de anos! Aos poucos, o pai deveria delegar cada vez mais responsabilidades aos herdeiros, para se tornar muito mais um mentor do que um executor. Paralelamente a isso, o fundador deveria afrouxar aos poucos a sua rotina de trabalho e se conscientizar de que outros irão assumir determinadas responsabilidades. Estar um pouco mais distante do trabalho não significa ficar no ócio, ao contrário. Este tempo deveria ser aproveitado para a busca de novas atividades e interesses. A construção de algo novo na vida do pai que gradativamente passa o bastão ao filho é algo de muito louvável. Isto não significa que irá deixar de ir ao seu escritório e acompanhar os negócios. Ao contrário! Continuará a estar presente e sentir o pulsar da empresa conduzida cada vez mais pelos herdeiros. Só que agora estará também focado e interessado em seus novos desafios. Uma boa dose de inteligência emocional e força de vontade deverá motivar o empreendedor a tomar este rumo em sua vida profissional. O processo será gradativo. Estamos falando talvez de cinco, dez ou mais anos. Assim o fazendo não haverá mudanças bruscas. O todo deverá ocorrer num ambiente da mais plena harmonia, sem pressões de tempo ou pessoais. O diálogo entre pais e filhos precisará aumentar cada vez mais ao longo dos anos e em muitas situações a participação neste processo do Conselho da Família ou da Empresa é de muita importância.


 

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