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Decifrando o papel da empresa na família




Assuntos de reestruturação societária, processos sucessórios só se tornam realidade para os filhos quando, na fase de jovens adultos, eles se conscientizam que um dia serão herdeiros do patrimônio da família.

Por vezes é um verdadeiro choque psicológico pois estes assuntos nunca foram mencionados no âmbito famíliar . Muitos pais não se conscientizam da necessidade de envolver os filhos em assuntos empresariais desde cedo.

Ao contrário. Evitam falar sobre os negócios em casa e, quando o fazem, na maioria das vezes, não são temas bons e positivos que trazem à mesa, mas sim os negativos. Assim, para muitos filhos, os negócios da família são um amontoado de problemas que os afastam do ensejo de um dia quererem se envolver mais ou vir a trabalhar na empresa familiar.

Esta situação, pode ser vista como paradoxal, pois de um lado o pai, dirigente do negócio, quer perpetuá-lo e passar o bastão aos filhos e, de outro, os futuros herdeiros passam a buscar sua vida e carreira profissional longe da empresa da família.

Em resumo, um conflito se instala em âmbito familiar e problemas na gestão empresarial surgem.

Muitos filhos buscam se formar em áreas que não têm nada a ver com a administração de empresas ou assuntos correlatos às atividades dos negócios familiares. Outros pais induzem os filhos a trabalhar desde cedo nos negócios da família. Os jovens muitas vezes não têm escolha e o caminho profissional é traçado pelos pais. A vida acadêmica passa ter importância secundária e, em geral, serve para reforçar algumas lacunas ou necessidades que os herdeiros terão em suas atividades profissionais. Os pais se mostram orgulhosos vendo os filhos trabalhar em seus negócios e estão relativamente tranquilos em relação ao processo da passagem do bastão.

Mas, talvez estes mesmos pais, nunca perguntaram aos filhos se eles estão felizes com o trabalho. A pressão psicológica sobre os herdeiros também pode ser grande e, quantas vezes, não vimos pais mencionarem o quanto de suor foi derramado para construir a empresa que um dia será deles. Estes mesmos pais também não perguntaram aos filhos se gostariam de continuar tocando o negócio da família. O caminho está traçado e o envolvimento da nova geração está delineado, gostem ou não.

É óbvio que, em muitas famílias, filhas ou filhos despontam como gestores natos, ambicionando assumir o lugar de seus pais, o que é muito bom. Já esse não é o caso de quem não nasceu para isso e sequer se interessa pelos negócios da empresa. Trabalhar nela pode significar um pesadelo e ser obrigado a estar nela mais ainda.

A situação pode ou poderia ser outra, se no lar da família empresária a empresa fosse colocada no centro das atenções como sendo uma coisa boa. Boa porque proporciona o conforto material, os recursos para serem investidos nos estudos e assim por diante. Também deveria ser enaltecido o quão importante é a empresa familiar em relação à sua responsabilidade social. O quanto ela tem a contribuir com as pessoas, com a preservação do meio ambiente e com a melhoria das coisas independentemente de sua área de atuação. Com certeza os jovens, escutando ou participando das conversas desde cedo sobre estes temas sentirão orgulho de fazer parte da família empresária e seus negócios. Estarão mais próximos dos negócios torcendo que eles se desenvolvam e cresçam continuamente. A motivação de fazer parte e trabalhar na empresa certamente será maior. Para estes jovens o tema da sucessão e encaminhamento profissional, em âmbito de familiar, abrirá oportunidades para uma troca de ideias sobre o futuro pessoal e de carreira.

Os benefícios para a família empresária e a empresa serão grandes.

Os futuros herdeiros, poderão buscar uma carreira profissional fora dos negócios familiares, mas ser preparados devidamente para atuar como membros controladores junto ao Conselho. Outros seguirão sua rota profissional na empresa da família.

Em resumo, conduzindo bem o tema da empresa e seus propósitos ,em âmbito da Família Empresária, os jovens terão maior liberdade e segurança para escolher o melhor caminho para suas vidas e a da empresa.


Thomas Lanz / Wellington Barreto


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