Estamos todos sentindo na pele como a velocidade das coisas estão acelerando. Há 100 anos, o desenvolvimento de novas tecnologias e produtos tinha um outro ritmo.
Em meados do século passado os primeiros computadores a válvula foram desenvolvidos. Logo a seguir veio o revolucionário transistor que de certa forma possibilitou o desenvolvimento de circuitos integrados, os famosos chips que estão em boa parte dos produtos que utilizamos hoje.
E a coisa não para aí.
Estamos entrando na era da nanotecnologia para imprimir cada vez mais velocidade, precisão e conectividade ao todo. O ser humano necessariamente é levado a se integrar nesta transformação digital. Os hábitos, a comunicação, os desejos de consumo entre outros estão fazendo com que o consumidor venha alterando sua forma de demandar, comprar e ser influenciado.
Do lado da oferta, movimento semelhante acontece. Novas formas de comercializar, como os marketplaces, ou logística para entrega de produtos estão revolucionando os mercados. A pandemia do Coronavirus somente fez acelerar este fenômeno. O mundo não é mais o mesmo e o processo de transformação digital está longe de chegar ao seu término. O empresário, dono de um pequeno ou médio negócio, atuando num setor tradicional, queira ou não, precisa se adaptar a essa nova realidade.
Mesmo não investindo muito em tecnologia ele também precisará fazer parte desta transformação digital ou correrá o risco de estar fora do mercado.
O novo rapidamente se tornando obsoleto, não permite mais que empresários administrem seus negócios à moda antiga.
A gestão dos negócios requer grande agilidade e sobretudo a incorporação de um novo mindset. Uma nova mentalidade precisa permear toda a estrutura organizacional da empresa para garantir maiores chances para a sua eventual sobrevivência. Isto não acontecendo pode levar qualquer tipo de negócio ao seu declínio ou fechamento. Temos casos clássicos de empresas que perderam o seu rumo, tais como: Kodak, Blockbuster, Nokia, Yahoo, Blackberry, Polaroid, etc. Em geral, estes ícones empresariais, não souberam acompanhar e detectar as transformações ou não quiseram mudar. De quem é a culpa? Ela é dos principais sócios ou talvez dos conselheiros ou eventualmente ambos. Podemos facilmente imaginar, há duas ou três décadas, reuniões de Conselho onde seus membros ainda eram da velha escola. Prevalecia a discussão de assuntos econômico-financeiros, desempenho passado e pouco tempo dedicado para olhar o futuro e o mundo. Não havia mudanças significativas no mindset da cúpula das empresas. Os conselheiros mantinham os CEOs e vice-versa, criando uma relação de simbiose extremamente danosa e conservadora às empresas.
Organizações que souberam perceber as grandes mudanças e buscar a sua transformação se viram obrigadas a convidar novos conselheiros e conselheiros com perfis totalmente diversos. Passou-se a valorizar visão sobre tendências e dar espaço à provocação durante as reuniões.
Conselhos mornos não impulsionam empresas para frente. O que foi exposto até aqui, não visa apenas as grandes corporações.
Empresas independentemente de seu porte precisam se tornar ágeis e estar prontas a se reinventar. O novo exige um outro mindset e certamente os modelos de negócio precisam adquirir novos formatos.
Um conselho bem estruturado e diversificado é de suma importância para que o empresário não fique sozinho, pois está cada vez mais difícil surfar na onda da transformação digital.
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