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Anitta foi aprender a ler balanços. E você?

Conselheiros de empresas familiares precisam saber ler informações financeiras






Mesmo não sendo exigido pela legislação, muitas empresas de capital fechado e que não têm suas ações negociadas na Bolsa de Valores vêm constituindo conselhos. Na maioria das vezes são empresas familiares que buscam aprimorar o seu ferramental de governança corporativa. Ao formarem seus conselhos, sejam eles consultivos ou de família, incluem como conselheiros, os herdeiros que, no futuro, assumirão o papel de controladores das empresas. Estes assumirão seu papel como conselheiros internos - se trabalham na empresa -externos se ainda estudam ou trabalham fora ou como ouvintes que participam, podendo externar suas opiniões, mas sem direito a voto. Convidar herdeiros para as reuniões de Conselho é um excelente caminho para aproximá-los da empresa e fazê-los conhecer os tantos assuntos táticos e estratégicos que envolvem a organização da qual serão sócios no futuro.

O Conselho é uma excelente porta de entrada para os herdeiros ingressarem na empresa e tomarem conhecimento do mundo empresarial, sobre o ramo de atuação da empresa de suas famílias e dos tantos desafios que os conselhos precisam enfrentar para manter as organizações focadas em seus objetivos. No processo de profissionalização das empresas com a criação de seus conselhos, a elaboração do Regimento Interno, com suas regras e procedimentos é de suma importância para ordenar o funcionamento deste órgão. Infelizmente poucos Regimentos, se preocupam em delinear a competência requerida para seus membros.

Uma, em especial, e que nos parece de vital importância, é a cláusula que exige conhecimentos mínimos de leitura de relatórios econômicos financeiros das empresas. Infelizmente temos acompanhado conselhos, onde futuros herdeiros com formação e atividade profissional em outras áreas que não a administrativa - financeira, não investem em adquirir os conhecimentos mínimos necessários para poder acompanhar, entender e opinar sobre assuntos pautados neste campo.

Muitos criticaram a entrada de Anitta no Conselho de Administração do Nubank. As opiniões devem ser respeitadas, mas é inegável que devemos aceitar e respeitar o que a mais nova conselheira do Nubank, oriunda do meio artístico e do empreendedorismo explicou recentemente em entrevista ao Valor Econômico. Antes de aceitar o cargo, Anitta foi estudar o que vem a ser um Conselho, como funciona, quem são seus membros e sobretudo se informar sobre economia. Para tanto, fez o que tantos jovens deveriam fazer: contratar um bom professor particular e em pouco tempo estar apto a acompanhar as discussões de assuntos que requerem determinado conhecimento. Seja numa empresa, num banco ou na corporação, as exigências para a leitura de números não são grandes. A interpretação, entretanto, depende da capacidade analítica de cada um e da experiência. Nem todos têm tempo de frequentar um curso de graduação ou pós-graduação para ler balanços, DRE's e demais relatórios. Mas, com certeza, encontrar um professor ou mesmo um executivo de empresa disposto a transmitir o conhecimento necessário para leitura e interpretação dos relatórios econômico-financeiros não é tarefa de outro mundo.

Grande parte dos jovens herdeiros e outros familiares conselheiros deveriam se mirar no exemplo de Anitta para poder assumir seu papel de conselheiros participativos.


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