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Os herdeiros devem abrir seus próprios negócios? Antes de mais nada precisamos analisar esta ideia através de ângulos diferentes e entender os motivos. Para um desfecho feliz e harmonioso no âmbito da família empresária é necessário muito bom senso e resiliência por parte dos pais.
Em muitos casos os filhos são muito diferentes dos pais.
Os interesses e as vocações são bem diversos.
É comum ouvirmos: nem parece o filho dos pais que tem. E, em outros casos: tal pai, tal filho.
Vamos imaginar o seguinte: uma filha ou filho com a mesma veia empreendedora que o pai, o fundador do negócio. Eles se interessam pelo negócio da família e vão escolher formação acadêmica com cursos que lhes serão úteis na vida profissional. Neste caso, o sonho deles é ingressar na empresa da família. Finalmente chega o momento em que a entrada é realizada. Após algum tempo surgem as primeiras frustrações e mal entendidos com o pai. Os filhos têm ideias que gostariam de colocar em prática. Entretanto encontram barreiras por parte do pai que prefere deixar as coisas como estão ao invés de partir para inovações e mudanças. As discussões entre pais e filhos afloram acompanhadas por boas doses de frustração. Após algum tempo, vivendo uma sensação de falta de perspectiva, os jovens decidem sair do negócio familiar. Como o pai, têm suas ideias e a coragem para montar a sua própria empresa. Ao mesmo tempo têm o sentimento de estar abandonando e frustrando os sonhos paternos. Certos jovens levam vários anos para tomar esta decisão. E há vários pais que aceitam esta decisão dos filhos. Outros não entendem o porquê e não sabem lidar com a situação. Para estes últimos, os planos sucessórios e de continuidade dos negócios caem por terra. A família empresária passa a ter dificuldades em aceitar e assimilar que os futuros herdeiros estejam saindo dos negócios da família. Os pais, em geral, têm o privilégio de conhecer muito bem seus filhos e podem criar caminhos para que o seu desenvolvimento profissional vá de encontro ao temperamento e anseios dos jovens, em especial em suas empresas. Existem alguns caminhos interessantes nesse sentido. Por exemplo, o pai pode se interessar pelas novas sugestões e criar condições para que o filho ou filha experimentem e pratiquem suas ideias na empresa familiar.
Já acompanhamos casos onde foi criada uma nova empresa, que passou a ser um braço muito importante para o negócio principal. O desafio foi dado ao filho empreendedor que teve sucesso na empreitada. Numa outra situação, o herdeiro quis abrir um negócio inovador (uma startup) atuando num universo totalmente diferente do negócio tradicional da família. O pai decidiu investir na empresa do filho, tornando-se um investidor anjo. Portanto existem diversos caminhos que podem ser seguidos. Se o objetivo da família empresária é o da perpetuação de seu negócio é de suma importância que se crie um ambiente de transparência e diálogo entre pais e seus herdeiros. Os filhos que optarem por buscar seus próprios caminhos empresariais deveriam ser convidados a fazer parte do Conselho, pois mesmo tendo criado seus negócios, eles serão igualmente sócios da empresa familiar.
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