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Inflação em baixa! Também na sua empresa?


O assunto inflação por décadas e décadas tem acompanhado a vida dos brasileiros. A constante desvalorização de nossa moeda por anos a fio fez com que os governos fossem obrigados a tentar pôr fim à mazela inflacionária através dos mais diversos planos econômicos. Muitos de nós ainda se lembram dos tantos planos estabilizadores dos últimos anos, como o Plano Bresser, Plano Cruzado I e II, Política do Feijão e Arroz, Plano Verão, Plano Collor I e II e finalmente o Plano Real que perdura até nossos dias e que conseguiu dar a estabilidade necessária à economia.

Como empresários acostumados a conviver com índices inflacionários que chegavam a mais de 60% ao mês, sabíamos trabalhar e ganhar dinheiro neste turbilhão e ciranda financeira. Muitas empresas apresentavam resultados positivos em seus demonstrativos, oriundos de ganhos financeiros e não em consequência de bons desempenhos operacionais. Ao contrário! Algumas grandes montadoras estavam no azul graças aos juros recebidos de suas aplicações financeiras. A venda de veículos em si dava prejuízo. Quando finalmente a inflação foi debelada a partir do Plano Real, muitas empresas entraram em sérias dificuldades ou até encerraram suas atividades por não saberem operar num ambiente de estabilidade. Obter lucros operacionais no novo cenário era muito mais difícil.

Gerar resultados em épocas estáveis exige uma gestão muito cuidadosa dos negócios. Para tanto, o empresário precisa estar munido de uma série de ferramentas de controle para monitorar de forma adequada o desempenho de sua empresa. Uma administração inadequada pode custar muito caro, pois a busca de recursos junto ao mercado financeiro para financiar o capital de giro pode, no decorrer do tempo, levar a empresa a níveis de insustentabilidade. Investimentos que não dão a taxa de retorno esperado igualmente são muito perniciosos para os negócios em geral. Em resumo, precisamos nos dias de hoje saber administrar os nossos recursos e não apenas aumentar os preços como fazíamos há poucas décadas atrás.

Neste contexto a pressão sobre os preços é muito grande. Fornecedores de matérias primas, serviços ou insumos são pressionados pelo fabricantes. O mercado por sua vez exerce intensa vigilância sobre os preços praticados. Os mais diversos indicadores da inflação são utilizados por todos ao fazerem suas compras ou transações comerciais.

Os empresários ao medirem a evolução de preços ou custos de suas atividades utilizam os indicadores oficiais de inflação. Estes são calculados por uma cesta de produtos e serviços compostos por inúmeros itens que muitas vezes não contemplam exatamente aqueles utilizados para a produção de um determinado bem. Outros gestores já se utilizam de indicadores setoriais, quando existentes, como por exemplo os da construção civil para medir o desempenho de seus negócios. Entretanto, raramente, vejo administradores elaborar um índice de inflação da própria empresa que administram. Este é o indicador que realmente vai nos mostrar a influência dos preços das matérias primas, serviços e mão de obra que compõem o produto que iremos oferecer ao mercado. Teremos muito mais tranquilidade se pudermos comparar a inflação interna com os demais indicadores, as moedas fortes e a tabela preços efetivamente praticada. Não basta apenas olharmos para a evolução das despesas. Precisamos sim, focar nos custos dos insumos, matérias primas e mão de obra que irão compor aquilo a ser fornecido ao mercado. Não basta nos basear cegamente em indicadores que também levam em consideração a evolução dos preços do chuchu, da abobrinha e do caderno escolar, que na maioria das vezes não têm impacto direto sobre as atividades empresariais, para saber se estamos conduzindo bem ou mal os nossos negócios!

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