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Vamos adotar a transparência na remuneração dos sócios de empresas familiares?


De tempos em tempos, como aconteceu nesta semana, a imprensa volta à tona com o assunto da remuneração dos altos executivos e conselheiros das sociedades anônimas listadas na Bolsa de Valores.

Há 9 anos os acionistas têm o direito a estas informações - uma exigência da Comissão de Valores Mobiliários. Mas, por uma série de razões, isto não é feito até hoje.

As empresas simplesmente não divulgam o que é exigido ou obtiveram decisão judicial para não fazê-lo. Não vamos neste artigo entrar no mérito da questão mas traçar um paralelo em relação às empresas familiares.

Em muitas delas, de pequeno a grande porte este assunto gera enorme desconforto, podendo levar a conflitos e, o que é pior, à desconfiança entre os membros da família empresária.

Quem é que fixa os honorários dos gestores? Em geral, é o dono da empresa quem o faz adotando critérios próprios, muitas vezes impulsionado pelo seu estado de humor do momento ou pressão dos interessados. A decisão, na maioria das vezes, não é tomada levando em consideração políticas internas, protocolos familiares, levantamentos, etc. O processo é totalmente aleatório. Encontramos assim, muitas vezes, exageros para mais ou para menos.

O empreendedor geralmente anuncia à sua esposa, que deu uma mexidinha no salário da filha ou do filho, encerrando assim o assunto. Na verdade assim o é se apenas o casal for sócio da empresa e tiverem um único filho. A coisa se complica quando o casal tem mais filhos, trabalhando ou não no negócio familiar ou se alguns parentes também são sócios da empresa. Neste caso, se não houver a máxima transparência, o combustível para conflitos está espalhado.

As primeiras reações à falta de transparência e conhecimento de ganho dos parentes podem ser sentidas quando são feitos comentários em relação a bens materiais, como a compra de carros, moradias adquiridas ou viagens de férias realizadas. Muitas vezes agregados não se conformam que seus cônjuges ganhem menos que seus irmãos ou primos que também trabalham na empresa. É obviamente que, para eles, todos deveriam ganhar muito bem ou de preferência a mesma coisa. Não se conformando começam a instigar o conflito e o mal estar.

A harmonia familiar poderá com isto ser seriamente afetada assim como ambiente de trabalho entre os gestores familiares.

Confusão se instala entre irmãos, quando porventura descobrem que ganham o mesmo apesar de terem responsabilidades e níveis de autoridade totalmente diversas entre eles. Esta situação é muito mais comum do que se imagina. Os pais querendo ser “ justos “ pagam o mesmo aos filhos apesar de estarem em funções diferentes. Acham que assim evitarão conflitos. Mas é exatamente o contrário. Os filhos com maiores responsabilidades acham que o ganho dos irmãos, em cargos menores, igual ao deles, é uma grande injustiça e com razão. Como acontece nas sociedades anônimas o mesmo deveria ocorrer para as empresas familiares. Todos os sócios do negócio, inclusive os agregados dos gestores familiares deveriam ser mantidos a par entre outros sobre a política de remuneração de familiares. Várias ações tomadas neste sentido evitariam eventuais contendas, entre as quais, a elaboração de Protocolos de Remuneração de Familiares , Procedimentos de Pagamento de Benefícios , Premiações, etc.

Se tudo fosse feito de maneira correta não seria necessário ter medo de expor assuntos por vezes delicados. Quanto maior a transparência sobre a questão salarial no seio da família empresária, menor o perigo de haver disputas e reinar a desconfiança.

Os sócios de uma grande empresa com suas ações negociadas em Bolsa tem o direito de saber o quanto a cúpula administrativa recebe em termos de honorários. O mesmo deveria acontecer com os sócios de empresas familiares de qualquer tamanho.

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