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QUANDO A FAMÍLIA DEVERIA ATUAR COMO EQUIPE ?


Muitos teóricos da Administração de Empresas, têm apresentado trabalhos sobre a questão da atuação de equipes nas organizações.

Manfred Kets de Vries (nota 1), por exemplo, chegou a conviver por vários meses com tribos de pigmeus nas florestas africanas da Guiné, para estudar o assunto. Os pigmeus, por sua cultura têm provavelmente a melhor maneira de atuar e agir em equipe, durante as caçadas, quando precisam tomar decisões comunitárias nas aldeias, resolver questões de conflitos e assim por diante. Os empresários tem muito a aprender destas tribos, que infelizmente estão fadadas a desaparecer no futuro. Outro estudioso do assunto é Patrick Lencioni (nota 2), cujas obras são dedicadas à atuação de equipes nas instituições.

Seja uma pequena ou grande empresa, estatal, privada ou familiar, o sucesso delas depende em grande parte da atuação e da cultura de se trabalhar em equipe. Uma reunião entre gerentes, chefes, supervisores, diretores, conselheiros ou peões de uma fazenda, é um encontro de pessoas que formam uma equipe. Juntos precisam resolver questões, planejar, decidir assuntos relacionados a suas áreas de atuação ou da empresa como um todo. Quanto melhor este trabalho conjunto, maior a probabilidade que sejam obtidos resultados auspiciosos.

Vamos transpor a questão da equipe para empresas familiares. Também nesta categoria, não importa que sejam grandes ou pequenas. Em todas, a partir da segunda geração de mando, uma equipe bem no topo da “ pirâmide “ é essencial para o bom funcionamento da organização. O fundador de uma empresa, ainda está sozinho em seu comando. Ele toma decisões de cunho tático, estratégico e operacional de forma isolada. À medida que a empresa vai crescendo, ele provavelmente irá discutir com o grupo de seus gestores, assuntos ligadas à empresa. O gestor de produção terá que discutir assuntos de suprimentos com seu colega e os dois necessitam do financeiro para ver a posição do caixa. Assim os três se reúnem para discutir conjuntamente a questão do suprimento, formando uma equipe de trabalho. As empresas, tem várias equipes que vão do topo da pirâmide, ao chão de fábrica ou ao campo em se tratando de empresa rural.

Quando o fundador, passa o comando da empresa familiar para seus filhos, o processo decisório certamente terá nova dinâmica. Se antes o pioneiro resolvia as “ coisas” sozinho, no novo cenário, irmãos e eventualmente primos, que passam a ser sócios entre si, terão que resolver uma série de questões em conjunto, uma vez que o processo sucessório esteja concluído. É prudente que se reúnam em torno de uma mesa, para discutir: investimentos; aprovar projetos; decidir sobre novos negócio; acompanhar desempenho econômico financeiro ou avaliar os gestores da organização.

O Conselho Familiar ou Conselho Consultivo é talvez o foro mais adequado para que isto aconteça. Os membros de uma família que são sócios de uma empresa e apenas eles, formarão uma equipe. Mas como qualquer equipe, quanto melhor o preparo de seus membros para atuar em conjunto, mais produtivas e harmoniosas serão as reuniões e consequentemente seus resultados.

Podemos dizer que os pais, desde cedo deverão de forma consciente, formar os filhos para serem membros da principal equipe da empresa familiar. Uma vez , parte dos filhos atuando na Empresa e outros eventualmente não, estarão preparados para discutir em conjunto os destinos dos negócios da família. É importante ressaltar, que os futuros herdeiros que não venham a trabalhar na empresa da família, deverão ser convidados para as reuniões onde se discutem questões de estratégia e de governança. Infelizmente é prática muito difundida, que grandes processos decisórios sejam apenas conduzidos por aqueles que trabalham na gestão da empresa. Isto pode levar a consequências graves, como intervenções, conflitos, paralisações dos negócios e dissoluções de sociedades.

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